domingo, 3 de julho de 2011

Os 100 melhores livros da literatura mundial # Parte 1

Quem não gosta de ler um bom livro ( tá, tá eu já sei que com a internet e a televisão a leitura acaba se tornando algo muito raro), pois bem segue uma lista dos 100 melhores livros da literatura mundial divulgada pela Folha de São Paulo. Ah! Vou deixar em negrito os que já li. E quem sabe em breve farei algumas resenhas críticas sobre esses livros afinal vai ser minha futura profissão dar aula de literatura. Ah! Mais uma coisa, vou apresenta-lhes primeiro os 10 últimos livros dessa lista, sem mais delongas segue a lista.

100- Pedro Páramo - Juan Rulfo




O autor faz parte destes raros autores que escreveram poucas novelas, que fizeram um sucesso, e que cessaram escrever. No caso presente, não é por falta de sucessos mas porque o tio que contava-lhe histórias morreu. É que dizia Rulfo aos seus amigos rindo. Com efeito, é mais provável que após ter publicado estas duas novelas um na sequência do outro (1953 seguidamente 1954), preferiu viver do conto cerca de cerca de trinta de anos. Ao oposto de « Planície em flammes» , esta obra posterior à uma estrutura complexa devido à uma cronologia vacillante que revela a influência do Faulkner. A acção desenrola-se numa aldeia que não existe. O protagonista Pedro Páramo dramatise a realidade mais feroz. A ponto de mesmo em narration, não existe mais ao momento presente porque todo morreu, mesmo as horas. É para aquilo que neste tempo sem tempos, a atmosfera oscila entre ficção e fantasia. O que é real são as palavras que lutam por diálogos se fazendo do mal, como se empurravam sobre areia seca. Diálogos após diálogos, résonnant pétrifiés numa realidade sonhada, o fundo da história não tem importância. Mais fabuloso é que há palavras e que existe melhores contos apenas o que se passa num quarto de espaço. Pedro como o Sr. X de Kafka destrói todas as vidas sobre a sua passagem. Era irritado e como era irritando ele possuia, da mesma maneira que possuia as mulheres com a mesma força que se tratasse-se de outros territórios a conquistarem. Uma vez estas mulheres abusadas deixava-o abandonados mas continuavam a pertencer-lhe na pendência do seu regresso. Um dos seus fios, Juan Preciado efectuou o trajecto ao seu encontro para a aldeia de Comala para realizar uma promessa que não tivesse querido realizar para a sua mãe que acaba de morrer. Não deve pedir nada se não que deve. Aprende a conhecê-lo a medida que avançarem e que o ar quente e rance encurta o seu objectivo. Juan procura-o através dos olhos da sua mãe numa aldeia que tem o gosto da desgraça onde o céu reina em maitre, uma aldeia que parece isolada. Uma aldeia preenchida de ecos, de vozes velhos rires, há dor até nos nomes das mulheres. Ivrognes, muitos ivrognes que pedem um pouco de álcool e o vento muito vento que procura portas abrir porque emporté distante à chuva que já tivesse trazido algumas vezes. Mas Pedro sabia que o tempo viria onde deveria pagar o seu devido e o preço era terminar com todo e valia melhor começar cedo para terminar o mais depressa possível. Pedro era resolutamente terra e até ao último momento, tinha-se apreendido das mulheres com força, terminando por atacar-se na sua velhice que serve que atrasado, esperariam ainda com esperança um assalto furtivo. É para aquilo que a história termina-se onde termina-se, nestas noites de fantasmas, mesmo curé que conhece-o muito efectivamente luta pelo pensamento, sem estar a encontrar descansos. Gerardo, o seu fiel empregado espera uma recompensa e aquela que obterá será apenas a de encontrá-lo desabada sobre muitos pedras sem uma palavra, e suplicando no seu interior como tanto outros. E voili voilou, se termin-se-ar ler este resumo puderes pôr um cinco sobre cinco, se não o pões mim não és vexada porque sou cansada por o que faz parte desta máfia que ganha sobre este sítio, e que põe-me único do dois. Que este aprenda primeiro a escrever.


99- As Irmãs Makioka - Junichiro Tanizakai



É um livro do escritor Junichiro Tanizaki publicado de 1943 a 1948. Traça o perfil da sociedade japonesa durante os anos 1930, abordando uma série de conflitos entre os valores japoneses e os ocidentais. O livro retrata a vida de uma abastada família da região de Quioto e Osaka vivendo sob o impacto da Segunda Guerra Mundial.
As irmãs que dão nome ao livro, Tsuruko, Sachiko, Yukiko e Taeko, unem-se na tentativa de casar uma delas, prestes a completar trinta anos. A "solteirona" do enredo, Yukiko, representa a inércia das relações e, ao mesmo tempo, a força da tradição.
A caçula Taeko, que também tem intenções de se casar, precisa esperar que as mais velhas se casem primeiro. A personagem Taeko representa um Japão mais aberto à modernização dos costumes.
Os primeiros capítulos de As irmãs Makioka foram publicados originalmente em 1943, mas foram censurados pelo governo, que considerou o livro inadequado para o período turbulento. Tanizaki continuou escrevendo e acabou bancando o primeiro lançamento do livro, em 1944. Sob o mesmo título, a obra foi adaptada para o cinema em 1983 sob direção de Kon Ichikawa. Um marco da literatura moderna japonesa,este romance,escrito sob o impacto da Segunda Guerra, retrata o cotidiano de uma típica família nipônica conservadora, encenando uma sutil discussão dos costumes, da cultura e das relações sociais japonesas tradicionais. A obra expõe os conflitos entre valores japoneses e ocidentais, bem como o impacto da modernização do país nas relaçoes pessoais. Diferentemente de suas outras obras As Irmãs Makioka de Tanizaki deixa de lado aspectos como a sensualidade e o fetichismo típico de suas outras obras.


98- Desonra - J.M. Coetzee



Lurie é um professor de literatura que não sabe como conciliar sua formação humanista, seu desejo amoroso e as normas politicamente corretas da universidade onde dá aula. Mesmo sabendo do perigo, ele tem um caso com uma aluna. Acusado de abuso, é expulso da universidade e viaja para passar uns dias na propriedade rural da filha, Lucy. No campo, esse homem atormentado toma contato com a brutalidade e o ressentimento da África do Sul pós-apartheid. 'Desonra' investiga as relações entre as classes, os sexos, as raças, tratando dos choques entre um passado de exploração e um presente de acerto de contas, entre uma cultura humanista e uma situação social explosiva.

97- Reparação - Ian MacEwan



Na tarde mais quente do verão de 1935, na Inglaterra, a adolescente Briony Tallis vê uma cena que vai atormentar a sua imaginação: sua irmã mais velha, sob o olhar de um amigo de infância, tira a roupa e mergulha, apenas de calcinha e sutiã, na fonte do quintal da casa de campo. 


A partir desse episódio e de uma sucessão de equívocos, a menina, que nutre a ambição de ser escritora, constrói uma história fantasiosa sobre uma cena que presencia. Comete um crime com efeitos devastadores na vida de toda a família e passa o resto de sua existência tentando desfazer o mal que causou. 



96- Complexo de Portnoy - Philip Roth

A narrativa de Alexander Portnoy, jovem advogado nova-iorquino, é uma longa confissão no divã do psicanalista. Como desde o ínicio fica bem claro, Portnoy é dotado não apenas de uma inteligência priveligiada como também uma capacidade ilimitada de encarar a si mesmo com realismo e ironia. Contudo, o narrador-protagonista é totalmente capaz de se livrar da ligação paralisante com a mãe, identificada logo como "o personagem mais inesquecível que conheci na minha vida". Portnoy discorre alternadamente sobre o passado - a infância de filhinho da mamãe, a adolescência dedicada acima de tudo à prática da masturbação e a tentativa frustrada de perder a virgindade - e sua vida atual - o relacionamento conflituoso com a amante bela porém semi-anafalbeta, a separação e uma viagem a Israel que termina com a descoberta de que ele está impotente.

95- O Lobo da Estepe - Hermann Hesse





  • Romance sobre a insuportabilidade da vida de um homem isolado de todos, mas que vive no coração da sociedade. Seu nome é Harry Haller e ele caminha por seus próprios passos, desconfiado de tudo, como um animal selvagem.








94- On the Road - Jack Kerouac


Sal Paradise é o narrador de On the road - pé na estrada. Ele vive com sua tia em New Jersey, Estados Unidos, enquanto tenta escrever um livro. Ele é inteligente, carismático e tem muitos amigos. Até que em Nova York ele conhece um charmoso e alucinante andarilho de Denver de personalidade magnética chamado Dean Moriarty. Dean é cinco anos mais novo que Sal, mas compartilha o seu amor por literatura e jazz, e a ânsia de correr o mundo. Tornam-se amigos e, juntos, atravessam os Estados Unidos, deparando-se com os mais variados tipos de pessoas, numa jornada que é tanto uma viagem pelo interior de um país quanto uma viagem de auto-conhecimento - de uma geração assim como dos personagens.


93- As Cidades Invisíveis  - Italo Calvino


Em narrativas breves, o livro põe em cena o veneziano Marco Polo descrevendo para o grande Kublai Khan as inumeráveis cidades que visitou em suas missões diplomáticas pelo império mongol.








92- O Mahabharata 


É um dos dois maiores épicos clássicos da Índia, juntamente com o Ramáiana. Sua autoria é atribuída a Krishna Dvapayana Vyasa. O texto é monumental, com mais de 74.000 versos em sânscrito, e mais de 1,8 milhões de palavras; se o Harivamsa for incluído como sendo anexo e parte da obra, chega-se a um total de 90.000 versos, compondo o maior volume de texto numa única obra humana.
O Maabárata é sem dúvida o texto sagrado de maior importância no hinduísmo, e pode ser considerado um verdadeiro manual de psicologia-evolutiva de um ser humano. A obra discute o tri-varga ou as três metas da vida humana: kama ou desfrute sensorial, artha ou desenvolvimento econômico e dharma a religiosidade mundana que se resume em códigos de conduta moral e rituais, obrigatórios para quem deseja o desfrute e o poder econômico que adquire o desfrute.
Além dessas metas mundanas o Maabárata trata de moksha, ou a liberação do ciclo de tri-varga e a saída do samsara, ou ciclo de nascimentos e mortes. Em outras palavras, é uma obra que visa o conhecimento da natureza do "eu" e a sua relação eterna com toda a criação e aquilo que transcende a ela.
O Maabárata estabelece os métodos de desenvolvimento espiritual conhecidos como karmajñana e bhakti, firmemente adotados pelo hinduísmo moderno.
O título pode ser traduzido como "a grande Índia" (literalmente "a grande dinastia de Bárata"), mas o sentido verdadeiro é o de elucidar o grande trajeto percorrido pelo eu (atma) nesta criação material e fora dela.
A obra é considerada pelos hindus uma narrativa histórica real, e parte do Itihasa (lit. "aquilo que aconteceu") hindu, juntamente com o Ramáiana e alguns textos dos Puranas.
A obra, assim com todos os demais textos sagrados hindus, possui um aspecto externo mitológico, como o de uma simples lenda mitológica sobre reis e príncipes, deuses e demônios, sábios e santos, guerra e paz. Mas o sentido exotérico, de certa forma oculto, na verdade versa sobre tri-varga, e sobre o objetivo mais importande da existência,moksha e as atividades da alma liberada no seu relacionamento com a dualidade desta criação e a harmonia não-dual do Absoluto.
O Maabárata contém todos os aspectos do hinduísmo e todos os fundamentos da filosofia advaita.

91- A Epopéia de Gilgamesh 

A epopéia de Gilgamesh, o famoso rei de Uruk, na Mesopotâmia, provém de uma era totalmente esquecida até o século passado. Estes poemas têm direito a um lugar na literatura mundial, não apenas por precederem às epopéias homéricas em pelo menos mil e quinhentos anos, mas principalmente pela qualidade e originalidade da história que narram. Trata-se de uma mistura de pura aventura, moralidade e tragédia.




90- O Náufrago - Thomas Bernhard 

Se a Modernidade, afinal, ainda não inventou nem pôs à venda um "competentômetro", o mais e o menos que um crítico, um professor da teoria literária pode fazer é aceitar tudo o que lê sem o olho vesgo dos preconceitos. Ler não é dividir o mundo entre o inferno dos maus e o paraíso dos bons. Todos os discursos - mas todos - têm direito a existir. Findou para sempre a idéia de que o crítico é o juiz que classifica um livro de mau a ótimo, e isto foi o que de mais interessante a Modernidade trouxe. Em todos os domínios, a perspectiva de escala. A relatividade. O relativismo. O melhor contributo que a modernidade trouxe para atenuar o orgulho e arrogância do umbilicalismo ocidental. O paradoxo da arte, hoje, é este e está contido, em termos quase didáticos, no romance alegórico de Thomas Bernhard, O Náufrago.